Conseguir um visto de trabalho nos EUA é um objetivo comum para muitas pessoas globalmente e pode ser mais acessível do que se pensa.
Há uma variedade de vistos disponíveis, incluindo opções permanentes e temporárias, cada um com seus próprios critérios, custos e regulamentos específicos.
Para ajudar você, criamos um guia detalhado para facilitar o processo de obtenção do visto de trabalho americano.
A partir de agora, vamos esclarecer se é possível trabalhar nos Estados Unidos com vistos de turista ou estudante e como proceder para alterar seu status migratório.
É um visto de trabalho nos EUA que você procura? Então, leia até o final e saiba como colocar as mãos nele!
Como conseguir um visto de trabalho para os EUA?
Para ter um visto de trabalho nos EUA, é necessário vencer uma série de etapas administrativas, tanto com o Departamento de Estado dos EUA quanto nas representações diplomáticas americanas no Brasil.
No contexto dos vistos de trabalho, a iniciativa geralmente deve partir do empregador nos Estados Unidos, que precisa realizar uma solicitação formal e obter a devida autorização.
Após essa etapa inicial, o candidato ao visto pode prosseguir com os procedimentos na embaixada ou consulado.
Abaixo, segue uma orientação detalhada do processo.
1. Dando entrada na petição
O processo de obtenção de um visto de trabalho nos EUA começa com o envio de uma requisição ao USCIS (serviço de imigração), seja pelo empregador ou, em determinadas situações, pelo próprio candidato - a depender do tipo de visto americano.
Para um visto de imigrante, utiliza-se o formulário I-140, enquanto o I-129 é para vistos de não imigrante (temporários).
Posteriormente, o pedido é transferido para o Centro Nacional de Vistos (NVC), que registra o caso e fornece detalhes para acessar o Centro de Aplicação Eletrônica Consular (CEAC), onde se pode acompanhar o andamento da solicitação.
É imprescindível apresentar todos os documentos necessários para demonstrar que o solicitante do visto atende às exigências para trabalhar nos EUA.
Além disso, a depender do tipo de visto, o empregador pode precisar de uma certificação do Departamento de Trabalho (DOL), confirmando que há carência quanto a trabalhadores qualificados nos EUA para a posição oferecida – quando essa certificação é necessária, esse é o primeiro passo de qualquer processo, antes das etapas imigratórias (I-140 etc), e pode ser demorado.
Com a aprovação, inicia-se o processo consular.
2. Formulários e taxas
Nesta etapa, há mais obrigações legais.
Para obter um visto de trabalho permanente, na condição de imigrante, preencha o DS-260.
É essencial ter seu número de caso do NVC em mãos.
Já para empregos temporários, o formulário adequado é o DS-160, também disponível no site do CEAC.
Então, complete todas as etapas necessárias e efetue o pagamento da taxa de visto.
3. Entrevista do visto
Assim que a análise da sua documentação estiver completa, o consulado americano irá agendar sua entrevista de visto.
Também fornecerá detalhes sobre os exames médicos necessários.
Para vistos de trabalho permanente (vistos de imigrante), as entrevistas ocorrem no Consulado Americano no Rio de Janeiro.
É essencial comparecer à entrevista na data e horário marcados, levando todos os documentos exigidos.
Para solicitar um visto americano, são necessários os seguintes documentos:
- Um passaporte válido
- Seu passaporte antigo, se contiver vistos
- O formulário preenchido
- A confirmação de agendamento e de envio do formulário
- O recibo do pagamento da taxa
- Uma foto recente de 5 x 5 cm, colorida, com fundo branco
- Laudo médico e exames laboratoriais feitos por um médico credenciado pela Embaixada
- Comprovante de vacinação, quando aplicável
- Em algumas situações, pode ser exigido um documento que comprove sua capacidade financeira, conhecido como Affidavit of Support.
Com o processo concluído, resta aguardar a análise do seu caso.
Sendo aprovado, você pode providenciar sua mudança temporária ou permanente para os Estados Unidos.
Já se você tiver o visto negado, busque assistência jurídica para análise do caso.
Quais são os tipos de visto de trabalho nos EUA?
Há duas categorias principais de vistos de trabalho: os temporários e os permanentes.
Vistos temporários atendem a profissionais que planejam uma estadia limitada nos EUA para fins laborais, antes de voltarem para seus países de origem.
Esses vistos, também conhecidos como de não imigrante, incluem as classes H, L e O.
Já os vistos de imigrantes são permanentes.
Ou seja, designados para aqueles que pretendem se estabelecer nos Estados Unidos e assumir um emprego de longo prazo.
Esses são categorizados como vistos de imigrante, sob o grupo Employment-Based (EB), que se refere à imigração por motivos de emprego.
Continue lendo para descobrir detalhes sobre cada tipo.
Visto EB-1
O visto EB-1 é uma opção de imigração para indivíduos altamente qualificados nas áreas de ciência, arte, educação, negócios e esportes (EB-1A).
Este visto também se aplica a acadêmicos e pesquisadores notáveis (EB-1B), além de gerentes e executivos de empresas multinacionais (EB-1C).
Candidatos ao EB-1A podem solicitar o visto independentemente, sem a necessidade de um patrocinador.
As outras categorias do EB-1, embora exijam uma proposta de emprego, não requerem uma certificação de trabalho permanente.
Visto EB-2
O visto EB-2 é especificamente destinado a especialistas com habilidades extraordinárias nas áreas de arte, ciência ou negócios, ou aqueles que detêm uma formação educacional avançada.
Para obtê-lo, normalmente, é necessário apresentar uma proposta de trabalho e um documento que comprove a experiência profissional.
Entretanto, uma exceção se aplica se o candidato conseguir evidenciar que suas habilidades e trabalho são de interesse nacional dos Estados Unidos.
Nesse caso, o profissional pode solicitar o visto EB-2 NIW (National Interest Waiver), que permite a isenção dos requisitos padrões de oferta de emprego e certificado de trabalho.
Visto EB-3
O visto EB-3 é uma resposta à escassez de trabalhadores em três categorias específicas.
Primeiramente, trabalhadores com habilidades especializadas e mais de dois anos de experiência (EB-3A).
Em seguida, profissionais com qualificações educacionais superiores ao padrão requerido (EB-3B).
E, por fim, trabalhadores sem qualificações específicas (EB-3C).
Para todas essas categorias, é essencial ter uma oferta de emprego e uma certificação para trabalho permanente.
Visto EB-4
O visto EB-4 é destinado a um grupo diversificado de imigrantes especiais, incluindo religiosos e membros de organizações religiosas (EB-4A).
Segue-se com trabalhadores de organizações internacionais e funcionários do governo estrangeiro (EB-4B).
E também abrange tradutores afegãos e iraquianos que trabalharam com as forças dos EUA (EB-4C).
Para esses casos, é necessário ter uma aplicação específica e cumprir critérios rigorosos de elegibilidade.
Visto EB-5
O EB-5 é popularmente conhecido como o visto de investidor, mas também se enquadra na categoria de visto permanente para trabalho nos Estados Unidos.
Ele é destinado àqueles que desejam realizar investimentos substanciais nos EUA, com aportes iniciais variando de US$ 800 mil e US$ 1,050 milhão.
Além disso, o solicitante tem a obrigação de gerar pelo menos 10 novos empregos de tempo integral no país.
Visto H
Dentro do sistema de vistos temporários dos EUA, destacam-se as subcategorias H-1B, H-2A e H-2B.
O H-1B é apropriado para profissionais altamente qualificados em setores com escassez de trabalhadores nos EUA, exigindo graduação, treinamento especial ou experiência comprovada.
Para obtê-lo, é necessário ter uma oferta de trabalho e a aprovação da empresa empregadora.
O visto H-2A é direcionado a trabalhadores do setor agrícola para atividades temporárias ou sazonais em locais como fazendas, estufas e pomares.
Nesse caso, o empregador precisa demonstrar a escassez de trabalhadores locais e obter a certificação de trabalho pelo Departamento de Trabalho dos EUA.
O H-2B, por sua vez, é destinado a empregos temporários nos EUA em diversos setores, sem a necessidade de especialização ou formação superior.
Este visto é voltado para atividades sazonais, temporárias ou específicas, suprindo a falta de trabalhadores locais para determinadas funções.
Também exige uma oferta de emprego e a certificação de trabalho temporário para sua concessão.
Visto L-1
O visto L-1 é uma modalidade temporária para profissionais de alto escalão.
Isso inclui executivos e gerentes (L-1A) ou especialistas (L-1B) que estão se realocando para uma unidade ou filial de suas empresas nos Estados Unidos, vindo do Brasil.
Para ser elegível a esse visto, o profissional deve ter uma posição já assegurada e demonstrar competência para exercer a função designada.
Com o tempo, este profissional poderá progredir para a categoria de visto permanente EB-1C explicada acima.
Visto O
O visto O-1A é direcionado a indivíduos altamente qualificados em campos como artes, ciência, negócios, educação ou atletismo, que demonstrem ampla experiência e sucesso notável.
A categoria O-1B, por sua vez, é destinada àqueles com reconhecimento notório no cinema ou na televisão.
Para obter o visto, é preciso ter uma proposta de trabalho nos Estados Unidos e evidenciar que o profissional é essencial e destaca-se em sua área de expertise, sendo líder, renomado ou amplamente reconhecido no setor.
Regras dos vistos de trabalho nos Estados Unidos
O sistema de vistos de trabalho nos EUA assegura que trabalhadores internacionais gozem das mesmas salvaguardas legais que os locais.
Isso inclui remuneração justa e compensação por horas extras.
Eles também são protegidos de discriminação, assédio, represálias e desligamentos injustos.
Trabalhadores com vistos temporários podem trazer seus familiares - cônjuges e filhos menores de 21 anos - com vistos dependentes.
Cada categoria de visto possui regras próprias, cujo cumprimento é necessário para evitar complicações, como a recusa de vistos futuros ou deportação.
Por exemplo, portadores do visto H-2A devem se dedicar exclusivamente às funções agrícolas especificadas em seu contrato, sem poderem assumir outros empregos, a exemplo de trabalhos em restaurantes.
Posso trabalhar nos EUA com visto de turista?
O visto de turista é destinado exclusivamente a atividades de lazer, como turismo, cursos de curta duração que não ultrapassem 18 horas semanais, tratamentos de saúde e participação em eventos culturais ou esportivos sem recebimento de salário.
Trabalhar nos Estados Unidos com esse tipo de visto é considerado uma infração grave, o que pode levar à revogação do visto, deportação e até impedimento de obtenção de futuros vistos.
Para mudar o visto de turista para trabalho, a companhia interessada em contratá-lo precisa enviar a solicitação I-129 ou I-140, a depender se a vaga é para um período limitado ou indefinido.
Você tem que preencher e submeter o formulário I-539 ou I-485, conforme a natureza do visto de trabalho que busca.
Isso deve ser concluído antes que seu atual visto perca a validade e, claro, antes de iniciar qualquer atividade laboral.
Quem tem visto de estudante nos EUA pode trabalhar?
Portadores de visto de estudante nos EUA estão sujeitos a certas normas para trabalhar.
Estudantes com o visto F-1 que desejam trabalhar durante o curso, independentemente do ano letivo, precisam do Treinamento Prático Curricular (CPT).
Eles têm permissão para trabalhar até 20 horas semanais por até um ano.
Após a conclusão do curso, os estudantes podem solicitar o Treinamento Prático Opcional (OPT) e trabalhar até 40 horas por semana por até um ano.
Vale ressaltar que, se o estudante optar pelo CPT, o tempo que utilizar o CPT será descontado do tempo que ele poderá obter OPT.
Para aqueles com visto M-1, voltado para cursos vocacionais, o trabalho remunerado em treinamentos práticos só é permitido após a conclusão do curso.
Em ambas as situações, o trabalho deve estar ligado à área de estudo do estudante.
Já os detentores do visto J-1, destinado a programas de intercâmbio, têm a liberdade de trabalhar e estudar nos EUA em atividades que estejam dentro do escopo do programa escolhido, como ser Au Pair ou trabalhar durante as férias de verão.
Quanto custa o visto de trabalho nos EUA?
O custo para obter um visto de trabalho nos EUA varia de acordo com sua categoria.
A solicitação para trabalhos temporários, feita através do formulário I-129, custa US$ 460, enquanto para empregos permanentes, o valor é de US$ 700.
Normalmente, o empregador é responsável pelo pagamento dessas taxas, exceto em situações onde o profissional não precisa de patrocínio.
Nesses casos, a empresa decide se vai arcar ou se vai deixar os custos com o próprio solicitante.
As taxas de pedido de visto diferem: US$ 190 para o formulário DS-160 e US$ 345 para o DS-260.
Em algumas circunstâncias, como na exigência de um Affidavit of Support, pode-se cobrar uma taxa adicional de US$ 120.
Para determinados vistos temporários, existe também uma taxa de reciprocidade, que pode ser de US$ 40 ou US$ 100.
Além disso, é essencial considerar despesas com exames médicos, documentação e possivelmente viagens para a entrevista no Consulado dos EUA, caso não more no Rio de Janeiro.
Para vistos de trabalho imigrantes, há ainda uma taxa de imigração de US$ 220.
Validade do visto de trabalho nos EUA
Vistos de trabalho do tipo imigrante permitem a obtenção do Green Card, transformando o titular em residente permanente.
Após cinco anos, é possível solicitar a naturalização e a cidadania.
A renovação do Green Card ocorre de 10 em 10 anos.
Por outro lado, os vistos de trabalho temporários possuem durações específicas:
- L-1A: varia entre 1 e 7 anos
- L-1B: varia entre 1 e 7 anos
- H-1B: tem uma duração de 3 a 6 anos
- H-2A: válido por até 3 anos
- H-2B: também tem um limite de 3 anos
- O: pode ser estendido por até 3 anos.
Antes do vencimento do visto, é possível pedir uma extensão da estadia. Se o visto expirar, a saída dos EUA se faz necessária.
Para estender seu visto de trabalho, utilize o formulário I-539 quando a data de expiração estiver próxima.
Observe não apenas a validade do visto, mas também a data limite de estadia no formulário I-94, que é determinada pelo oficial de imigração na sua chegada aos EUA.
Preciso de advogado para trabalhar nos EUA?
Obter um visto é um processo complexo, que envolve uma série de passos, incluindo o preenchimento de formulários, a apresentação de documentos e a necessidade de entender as leis de imigração.
Fazer isso por conta própria é possível, mas pode ser arriscado sem o devido conhecimento.
Nesse sentido, um advogado especializado em imigração é um grande aliado.
Ele tem a expertise necessária para cuidar de cada detalhe, minimizando riscos de erros que poderiam prejudicar ou mesmo inviabilizar a sua solicitação de visto.
Então, se você sonha com um visto de trabalho nos EUA, dê o próximo passo com os especialistas da Lopes Law.
Conseguir um visto de trabalho nos EUA é um objetivo comum para muitas pessoas globalmente e pode ser mais acessível do que se pensa.
Há uma variedade de vistos disponíveis, incluindo opções permanentes e temporárias, cada um com seus próprios critérios, custos e regulamentos específicos.
Para ajudar você, criamos um guia detalhado para facilitar o processo de obtenção do visto de trabalho americano.
A partir de agora, vamos esclarecer se é possível trabalhar nos Estados Unidos com vistos de turista ou estudante e como proceder para alterar seu status migratório.
É um visto de trabalho nos EUA que você procura? Então, leia até o final e saiba como colocar as mãos nele!
Como conseguir um visto de trabalho para os EUA?
Para ter um visto de trabalho nos EUA, é necessário vencer uma série de etapas administrativas, tanto com o Departamento de Estado dos EUA quanto nas representações diplomáticas americanas no Brasil.
No contexto dos vistos de trabalho, a iniciativa geralmente deve partir do empregador nos Estados Unidos, que precisa realizar uma solicitação formal e obter a devida autorização.
Após essa etapa inicial, o candidato ao visto pode prosseguir com os procedimentos na embaixada ou consulado.
Abaixo, segue uma orientação detalhada do processo.
1. Dando entrada na petição
O processo de obtenção de um visto de trabalho nos EUA começa com o envio de uma requisição ao USCIS (serviço de imigração), seja pelo empregador ou, em determinadas situações, pelo próprio candidato - a depender do tipo de visto americano.
Para um visto de imigrante, utiliza-se o formulário I-140, enquanto o I-129 é para vistos de não imigrante (temporários).
Posteriormente, o pedido é transferido para o Centro Nacional de Vistos (NVC), que registra o caso e fornece detalhes para acessar o Centro de Aplicação Eletrônica Consular (CEAC), onde se pode acompanhar o andamento da solicitação.
É imprescindível apresentar todos os documentos necessários para demonstrar que o solicitante do visto atende às exigências para trabalhar nos EUA.
Além disso, a depender do tipo de visto, o empregador pode precisar de uma certificação do Departamento de Trabalho (DOL), confirmando que há carência quanto a trabalhadores qualificados nos EUA para a posição oferecida – quando essa certificação é necessária, esse é o primeiro passo de qualquer processo, antes das etapas imigratórias (I-140 etc), e pode ser demorado.
Com a aprovação, inicia-se o processo consular.
2. Formulários e taxas
Nesta etapa, há mais obrigações legais.
Para obter um visto de trabalho permanente, na condição de imigrante, preencha o DS-260.
É essencial ter seu número de caso do NVC em mãos.
Já para empregos temporários, o formulário adequado é o DS-160, também disponível no site do CEAC.
Então, complete todas as etapas necessárias e efetue o pagamento da taxa de visto.
3. Entrevista do visto
Assim que a análise da sua documentação estiver completa, o consulado americano irá agendar sua entrevista de visto.
Também fornecerá detalhes sobre os exames médicos necessários.
Para vistos de trabalho permanente (vistos de imigrante), as entrevistas ocorrem no Consulado Americano no Rio de Janeiro.
É essencial comparecer à entrevista na data e horário marcados, levando todos os documentos exigidos.
Para solicitar um visto americano, são necessários os seguintes documentos:
- Um passaporte válido
- Seu passaporte antigo, se contiver vistos
- O formulário preenchido
- A confirmação de agendamento e de envio do formulário
- O recibo do pagamento da taxa
- Uma foto recente de 5 x 5 cm, colorida, com fundo branco
- Laudo médico e exames laboratoriais feitos por um médico credenciado pela Embaixada
- Comprovante de vacinação, quando aplicável
- Em algumas situações, pode ser exigido um documento que comprove sua capacidade financeira, conhecido como Affidavit of Support.
Com o processo concluído, resta aguardar a análise do seu caso.
Sendo aprovado, você pode providenciar sua mudança temporária ou permanente para os Estados Unidos.
Já se você tiver o visto negado, busque assistência jurídica para análise do caso.
Quais são os tipos de visto de trabalho nos EUA?
Há duas categorias principais de vistos de trabalho: os temporários e os permanentes.
Vistos temporários atendem a profissionais que planejam uma estadia limitada nos EUA para fins laborais, antes de voltarem para seus países de origem.
Esses vistos, também conhecidos como de não imigrante, incluem as classes H, L e O.
Já os vistos de imigrantes são permanentes.
Ou seja, designados para aqueles que pretendem se estabelecer nos Estados Unidos e assumir um emprego de longo prazo.
Esses são categorizados como vistos de imigrante, sob o grupo Employment-Based (EB), que se refere à imigração por motivos de emprego.
Continue lendo para descobrir detalhes sobre cada tipo.
Visto EB-1
O visto EB-1 é uma opção de imigração para indivíduos altamente qualificados nas áreas de ciência, arte, educação, negócios e esportes (EB-1A).
Este visto também se aplica a acadêmicos e pesquisadores notáveis (EB-1B), além de gerentes e executivos de empresas multinacionais (EB-1C).
Candidatos ao EB-1A podem solicitar o visto independentemente, sem a necessidade de um patrocinador.
As outras categorias do EB-1, embora exijam uma proposta de emprego, não requerem uma certificação de trabalho permanente.
Visto EB-2
O visto EB-2 é especificamente destinado a especialistas com habilidades extraordinárias nas áreas de arte, ciência ou negócios, ou aqueles que detêm uma formação educacional avançada.
Para obtê-lo, normalmente, é necessário apresentar uma proposta de trabalho e um documento que comprove a experiência profissional.
Entretanto, uma exceção se aplica se o candidato conseguir evidenciar que suas habilidades e trabalho são de interesse nacional dos Estados Unidos.
Nesse caso, o profissional pode solicitar o visto EB-2 NIW (National Interest Waiver), que permite a isenção dos requisitos padrões de oferta de emprego e certificado de trabalho.
Visto EB-3
O visto EB-3 é uma resposta à escassez de trabalhadores em três categorias específicas.
Primeiramente, trabalhadores com habilidades especializadas e mais de dois anos de experiência (EB-3A).
Em seguida, profissionais com qualificações educacionais superiores ao padrão requerido (EB-3B).
E, por fim, trabalhadores sem qualificações específicas (EB-3C).
Para todas essas categorias, é essencial ter uma oferta de emprego e uma certificação para trabalho permanente.
Visto EB-4
O visto EB-4 é destinado a um grupo diversificado de imigrantes especiais, incluindo religiosos e membros de organizações religiosas (EB-4A).
Segue-se com trabalhadores de organizações internacionais e funcionários do governo estrangeiro (EB-4B).
E também abrange tradutores afegãos e iraquianos que trabalharam com as forças dos EUA (EB-4C).
Para esses casos, é necessário ter uma aplicação específica e cumprir critérios rigorosos de elegibilidade.
Visto EB-5
O EB-5 é popularmente conhecido como o visto de investidor, mas também se enquadra na categoria de visto permanente para trabalho nos Estados Unidos.
Ele é destinado àqueles que desejam realizar investimentos substanciais nos EUA, com aportes iniciais variando de US$ 800 mil e US$ 1,050 milhão.
Além disso, o solicitante tem a obrigação de gerar pelo menos 10 novos empregos de tempo integral no país.
Visto H
Dentro do sistema de vistos temporários dos EUA, destacam-se as subcategorias H-1B, H-2A e H-2B.
O H-1B é apropriado para profissionais altamente qualificados em setores com escassez de trabalhadores nos EUA, exigindo graduação, treinamento especial ou experiência comprovada.
Para obtê-lo, é necessário ter uma oferta de trabalho e a aprovação da empresa empregadora.
O visto H-2A é direcionado a trabalhadores do setor agrícola para atividades temporárias ou sazonais em locais como fazendas, estufas e pomares.
Nesse caso, o empregador precisa demonstrar a escassez de trabalhadores locais e obter a certificação de trabalho pelo Departamento de Trabalho dos EUA.
O H-2B, por sua vez, é destinado a empregos temporários nos EUA em diversos setores, sem a necessidade de especialização ou formação superior.
Este visto é voltado para atividades sazonais, temporárias ou específicas, suprindo a falta de trabalhadores locais para determinadas funções.
Também exige uma oferta de emprego e a certificação de trabalho temporário para sua concessão.
Visto L-1
O visto L-1 é uma modalidade temporária para profissionais de alto escalão.
Isso inclui executivos e gerentes (L-1A) ou especialistas (L-1B) que estão se realocando para uma unidade ou filial de suas empresas nos Estados Unidos, vindo do Brasil.
Para ser elegível a esse visto, o profissional deve ter uma posição já assegurada e demonstrar competência para exercer a função designada.
Com o tempo, este profissional poderá progredir para a categoria de visto permanente EB-1C explicada acima.
Visto O
O visto O-1A é direcionado a indivíduos altamente qualificados em campos como artes, ciência, negócios, educação ou atletismo, que demonstrem ampla experiência e sucesso notável.
A categoria O-1B, por sua vez, é destinada àqueles com reconhecimento notório no cinema ou na televisão.
Para obter o visto, é preciso ter uma proposta de trabalho nos Estados Unidos e evidenciar que o profissional é essencial e destaca-se em sua área de expertise, sendo líder, renomado ou amplamente reconhecido no setor.
Regras dos vistos de trabalho nos Estados Unidos
O sistema de vistos de trabalho nos EUA assegura que trabalhadores internacionais gozem das mesmas salvaguardas legais que os locais.
Isso inclui remuneração justa e compensação por horas extras.
Eles também são protegidos de discriminação, assédio, represálias e desligamentos injustos.
Trabalhadores com vistos temporários podem trazer seus familiares - cônjuges e filhos menores de 21 anos - com vistos dependentes.
Cada categoria de visto possui regras próprias, cujo cumprimento é necessário para evitar complicações, como a recusa de vistos futuros ou deportação.
Por exemplo, portadores do visto H-2A devem se dedicar exclusivamente às funções agrícolas especificadas em seu contrato, sem poderem assumir outros empregos, a exemplo de trabalhos em restaurantes.
Posso trabalhar nos EUA com visto de turista?
O visto de turista é destinado exclusivamente a atividades de lazer, como turismo, cursos de curta duração que não ultrapassem 18 horas semanais, tratamentos de saúde e participação em eventos culturais ou esportivos sem recebimento de salário.
Trabalhar nos Estados Unidos com esse tipo de visto é considerado uma infração grave, o que pode levar à revogação do visto, deportação e até impedimento de obtenção de futuros vistos.
Para mudar o visto de turista para trabalho, a companhia interessada em contratá-lo precisa enviar a solicitação I-129 ou I-140, a depender se a vaga é para um período limitado ou indefinido.
Você tem que preencher e submeter o formulário I-539 ou I-485, conforme a natureza do visto de trabalho que busca.
Isso deve ser concluído antes que seu atual visto perca a validade e, claro, antes de iniciar qualquer atividade laboral.
Quem tem visto de estudante nos EUA pode trabalhar?
Portadores de visto de estudante nos EUA estão sujeitos a certas normas para trabalhar.
Estudantes com o visto F-1 que desejam trabalhar durante o curso, independentemente do ano letivo, precisam do Treinamento Prático Curricular (CPT).
Eles têm permissão para trabalhar até 20 horas semanais por até um ano.
Após a conclusão do curso, os estudantes podem solicitar o Treinamento Prático Opcional (OPT) e trabalhar até 40 horas por semana por até um ano.
Vale ressaltar que, se o estudante optar pelo CPT, o tempo que utilizar o CPT será descontado do tempo que ele poderá obter OPT.
Para aqueles com visto M-1, voltado para cursos vocacionais, o trabalho remunerado em treinamentos práticos só é permitido após a conclusão do curso.
Em ambas as situações, o trabalho deve estar ligado à área de estudo do estudante.
Já os detentores do visto J-1, destinado a programas de intercâmbio, têm a liberdade de trabalhar e estudar nos EUA em atividades que estejam dentro do escopo do programa escolhido, como ser Au Pair ou trabalhar durante as férias de verão.
Quanto custa o visto de trabalho nos EUA?
O custo para obter um visto de trabalho nos EUA varia de acordo com sua categoria.
A solicitação para trabalhos temporários, feita através do formulário I-129, custa US$ 460, enquanto para empregos permanentes, o valor é de US$ 700.
Normalmente, o empregador é responsável pelo pagamento dessas taxas, exceto em situações onde o profissional não precisa de patrocínio.
Nesses casos, a empresa decide se vai arcar ou se vai deixar os custos com o próprio solicitante.
As taxas de pedido de visto diferem: US$ 190 para o formulário DS-160 e US$ 345 para o DS-260.
Em algumas circunstâncias, como na exigência de um Affidavit of Support, pode-se cobrar uma taxa adicional de US$ 120.
Para determinados vistos temporários, existe também uma taxa de reciprocidade, que pode ser de US$ 40 ou US$ 100.
Além disso, é essencial considerar despesas com exames médicos, documentação e possivelmente viagens para a entrevista no Consulado dos EUA, caso não more no Rio de Janeiro.
Para vistos de trabalho imigrantes, há ainda uma taxa de imigração de US$ 220.
Validade do visto de trabalho nos EUA
Vistos de trabalho do tipo imigrante permitem a obtenção do Green Card, transformando o titular em residente permanente.
Após cinco anos, é possível solicitar a naturalização e a cidadania.
A renovação do Green Card ocorre de 10 em 10 anos.
Por outro lado, os vistos de trabalho temporários possuem durações específicas:
- L-1A: varia entre 1 e 7 anos
- L-1B: varia entre 1 e 7 anos
- H-1B: tem uma duração de 3 a 6 anos
- H-2A: válido por até 3 anos
- H-2B: também tem um limite de 3 anos
- O: pode ser estendido por até 3 anos.
Antes do vencimento do visto, é possível pedir uma extensão da estadia. Se o visto expirar, a saída dos EUA se faz necessária.
Para estender seu visto de trabalho, utilize o formulário I-539 quando a data de expiração estiver próxima.
Observe não apenas a validade do visto, mas também a data limite de estadia no formulário I-94, que é determinada pelo oficial de imigração na sua chegada aos EUA.
Preciso de advogado para trabalhar nos EUA?
Obter um visto é um processo complexo, que envolve uma série de passos, incluindo o preenchimento de formulários, a apresentação de documentos e a necessidade de entender as leis de imigração.
Fazer isso por conta própria é possível, mas pode ser arriscado sem o devido conhecimento.
Nesse sentido, um advogado especializado em imigração é um grande aliado.
Ele tem a expertise necessária para cuidar de cada detalhe, minimizando riscos de erros que poderiam prejudicar ou mesmo inviabilizar a sua solicitação de visto.
Então, se você sonha com um visto de trabalho nos EUA, dê o próximo passo com os especialistas da Lopes Law.
