Estudar e trabalhar nos EUA é possível? Como conseguir?

Categoria

Artigo

Autor

Guilherme Rolin

Data

25/4/2024

Estudar e trabalhar nos EUA é possível? Como conseguir?

Para quem busca uma oportunidade no exterior, é importante saber se é possível estudar e trabalhar nos EUA ao mesmo tempo.

Afinal, conquistar um diploma em uma instituição americana é um grande diferencial para o currículo, mas isso requer um investimento alto.

Se for possível trabalhar, você pode planejar o seu orçamento para o curso desejado e estadia já com a ideia de cobrir parte dos custos com um trabalho remunerado – sem contar que ganhará experiência prática, enriquecendo seu portfólio.

Para entrar no país, é preciso ter um visto específico para o tipo de atividade que planeja realizar por lá, ou seja, para estudar e trabalhar nos Estados Unidos será necessário um visto que permita fazer os dois.

Então, para descobrir se é possível estudar e trabalhar nos EUA, que visto é esse e como solicitar, siga a leitura.

É possível estudar e trabalhar nos EUA?

A primeira coisa que deve ficar clara é que, para não ter problemas com o Serviço de Imigração (USCIS), você deve embarcar com o visto adequado para o seu objetivo e exercer apenas as atividades contempladas por essa autorização de viagem.

Existem diferentes categorias de vistos americanos que permitem ao estrangeiro trabalhar nos Estados Unidos, tanto do tipo de não imigrante quanto de imigrante.

Da mesma forma, existem vistos de não imigrante que permitem estudar nos EUA e variam conforme o tipo de curso pretendido.

Dentre eles, há uma opção que permite, sim, buscar um diploma de graduação ou pós-graduação e trabalhar ao mesmo tempo.

Mas há muitas regras que devem ser cumpridas e não é qualquer tipo de trabalho ou empresa em que você pode atuar.

No primeiro ano de curso, só é permitido ao estudante estrangeiro trabalhar na  universidade (On Campus) em atividades de meio período (20 horas por semana) durante o período de aulas e em turno integral nas férias (40 horas por semana).

Por exemplo, você pode trabalhar na biblioteca, em alguma cafeteria, livraria, centros esportivos, departamentos acadêmicos, refeitório e muitos outros espaços, desde que prestem serviços aos alunos.

Em algumas situações, os estudantes estrangeiros podem ser elegíveis para trabalhar fora do campus ainda no primeiro ano, como em casos em que há dificuldades financeiras para pagar os estudos, perda de bolsa ou despesas extras com saúde.

A partir do segundo ano acadêmico, há dois modelos de programa de treinamento que permitem aos estrangeiros estudar e trabalhar nos EUA fora do Campus.

O Treinamento Prático Curricular (CPT) está diretamente relacionado à principal área de estudo de um aluno e pode ser realizado por até 12 meses durante as aulas, sendo permitido, no máximo, 20 horas por semana – é possível trabalhar em tempo integral apenas durante as férias.

Já o Treinamento Prático Opcional (OPT) é realizado após a conclusão do curso e, normalmente, é em tempo integral – nada impede, contudo, que seja apenas em meio período, só não é o mais comum.

CPT e OPT só estão disponíveis quando a pessoa está em algum tipo de estudo acadêmico, como graduação ou pós-graduação.

Quem vai aos EUA apenas para estudar inglês, por exemplo, não pode obter essas permissões.

Importante destacar que tanto o CPT quanto o OPT são concedidos por um prazo de, no máximo, 12 meses, e que a pessoa que optar pelo primeiro, caso migre depois para o segundo modelo, terá descontado o prazo que já trabalhou.

Assim, quem trabalha no CPT por três meses, depois só conseguirá obter um OPT de nove meses (totalizando 12 meses).

Já quando está realizando cursos relacionados às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, na sigla em inglês), geralmente o indivíduo é elegível a uma extensão do OPT por mais 2 anos, totalizando 3 anos de permissão.

É importante destacar que qualquer treinamento fora do Campus deve estar relacionado à área de estudos do estrangeiro e deve ser autorizado pelo Sistema de Informações do Estudante e Visitante de Intercâmbio (SEVIS) e pelo USCIS antes de iniciar.

Qual o visto para estudar e trabalhar nos EUA?

Existem três vistos do tipo de não imigrante que permitem ao estrangeiro estudar nos EUA:

  • F-1: visto para estudos acadêmicos (graduação, pós-graduação, colégio, curso de idiomas)
  • J-1: visto de intercâmbio
  • M-1: visto de estudos vocacionais, técnicos e não acadêmicos.

Todas as opções de estudar e trabalhar nos EUA vistas anteriormente são possíveis aos estrangeiros com visto F-1.

Já os estudantes com status J-1 são elegíveis para Treinamento Acadêmico (AT) por até 18 meses após pelo menos um ano de aulas, como parte do programa de estudos, bem como exercer atividades remuneradas dentro do campus desde o início do curso.

Por fim, o visto M-1 só pode aceitar emprego após a conclusão do curso e se fizer parte de um programa de treinamento prático por no máximo seis meses.

Como estudar e trabalhar nos EUA?

A jornada para estudar e trabalhar nos EUA é longa, cheia de etapas e muitos detalhes e, como vimos, o visto com mais opções de atividade remunerada é o F-1.

Primeiro, você deve encontrar o curso que deseja fazer na instituição que quer frequentar (que deve ser aprovada pelo governo americano para receber estudantes estrangeiros) e ser aceito.

Então é necessário solicitar o visto e ter seu pedido aprovado e, por fim, deve encontrar uma vaga de trabalho autorizada e buscar permissão.

Veja em detalhes a seguir.

Processo seletivo

Visite os sites das universidades americanas onde deseja estudar, ou das escolas vocacionais, informe-se sobre cursos, valores e processo de seleção para estrangeiros.

Então, inscreva-se no programa acadêmico que desejar e esteja atento aos prazos.

Cada instituição tem o seu método de seleção, mas geralmente envolve:

  • Testes padronizados de múltipla escolha (SAT ou ACT para graduação, GMAT GRE, LSAT, MCAT e outros de acordo com a área de estudos)
  • Teste de proficiência em inglês (IELTS ou TOEFL)
  • Histórico e desempenho escolar com transcrição oficial das notas escolares (GPA)
  • Informações pessoais e cópia de documentos
  • Comprovação de meios financeiros para arcar com os custos do curso
  • Escrita de redação/ensaio
  • Currículo, contendo experiência e atividades extracurriculares
  • Cartas de recomendação, de duas a três
  • Entrevista (pode ser online).

Uma vez aceito na universidade para fazer o curso desejado, é hora de solicitar o visto.

Visto de estudante

Antes de iniciar o processo consular de solicitação de visto de estudante, você precisará:

  • Receber da sua universidade nos EUA o formulário I-20 para vistos F-1 e M-1 ou DS-2019 para J-1
  • Estar ser registrado no Sistema de Informações para Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVIS)
  • Pagar a taxa SEVIS I-901 no valor de US$ 350 para vistos F-1 e M-1 e de US$ 220 para J-1.

Então, preencha o formulário de visto de não imigrante DS-160 no site do Centro Consular de Solicitação Eletrônica.

Pague a taxa consular no valor de US$ 185, para isso é necessário fazer um cadastro no site do Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV).

Então, agende as datas para coleta de dados biométricos e para sua entrevista de visto.

Compareça portando toda a documentação exigida, como passaporte válido, fotografia atual (menos de 6 meses), comprovação de matrícula na universidade, meios para pagamento do curso e intenção de retornar ao Brasil (laços familiares e emprego).

Autorização de trabalho

Depois de chegar aos Estados Unidos e iniciar seus estudos, você pode começar a procurar vagas de atividade remunerada, mas lembre-se que devem estar dentro do escopo On Campus, OPT, CPT, AT e programa de treinamento prático para M-1.

Para alunos F-1 e M-1, qualquer emprego fora do campus deve ser autorizado pelo Oficial Designado da Escola (DSO, pessoa que mantém as Informações no SEVIS) e USCIS.

Para trabalho fora do campus, OPT e treinamento prático M-1 também é exigido documento de autorização de trabalho (EAD).

Estudantes com visto J-1 geralmente não necessitam de EAD para atividades remuneradas AT.

Uma maneira de facilitar esse processo de estudar e trabalhar nos EUA é contar com a expertise de um advogado de imigração.

No escritório de advocacia Lopes Law você encontra profissionais especializados em serviços de imigração preparados para ajudar na sua solicitação e visto.

Para quem busca uma oportunidade no exterior, é importante saber se é possível estudar e trabalhar nos EUA ao mesmo tempo.

Afinal, conquistar um diploma em uma instituição americana é um grande diferencial para o currículo, mas isso requer um investimento alto.

Se for possível trabalhar, você pode planejar o seu orçamento para o curso desejado e estadia já com a ideia de cobrir parte dos custos com um trabalho remunerado – sem contar que ganhará experiência prática, enriquecendo seu portfólio.

Para entrar no país, é preciso ter um visto específico para o tipo de atividade que planeja realizar por lá, ou seja, para estudar e trabalhar nos Estados Unidos será necessário um visto que permita fazer os dois.

Então, para descobrir se é possível estudar e trabalhar nos EUA, que visto é esse e como solicitar, siga a leitura.

É possível estudar e trabalhar nos EUA?

A primeira coisa que deve ficar clara é que, para não ter problemas com o Serviço de Imigração (USCIS), você deve embarcar com o visto adequado para o seu objetivo e exercer apenas as atividades contempladas por essa autorização de viagem.

Existem diferentes categorias de vistos americanos que permitem ao estrangeiro trabalhar nos Estados Unidos, tanto do tipo de não imigrante quanto de imigrante.

Da mesma forma, existem vistos de não imigrante que permitem estudar nos EUA e variam conforme o tipo de curso pretendido.

Dentre eles, há uma opção que permite, sim, buscar um diploma de graduação ou pós-graduação e trabalhar ao mesmo tempo.

Mas há muitas regras que devem ser cumpridas e não é qualquer tipo de trabalho ou empresa em que você pode atuar.

No primeiro ano de curso, só é permitido ao estudante estrangeiro trabalhar na  universidade (On Campus) em atividades de meio período (20 horas por semana) durante o período de aulas e em turno integral nas férias (40 horas por semana).

Por exemplo, você pode trabalhar na biblioteca, em alguma cafeteria, livraria, centros esportivos, departamentos acadêmicos, refeitório e muitos outros espaços, desde que prestem serviços aos alunos.

Em algumas situações, os estudantes estrangeiros podem ser elegíveis para trabalhar fora do campus ainda no primeiro ano, como em casos em que há dificuldades financeiras para pagar os estudos, perda de bolsa ou despesas extras com saúde.

A partir do segundo ano acadêmico, há dois modelos de programa de treinamento que permitem aos estrangeiros estudar e trabalhar nos EUA fora do Campus.

O Treinamento Prático Curricular (CPT) está diretamente relacionado à principal área de estudo de um aluno e pode ser realizado por até 12 meses durante as aulas, sendo permitido, no máximo, 20 horas por semana – é possível trabalhar em tempo integral apenas durante as férias.

Já o Treinamento Prático Opcional (OPT) é realizado após a conclusão do curso e, normalmente, é em tempo integral – nada impede, contudo, que seja apenas em meio período, só não é o mais comum.

CPT e OPT só estão disponíveis quando a pessoa está em algum tipo de estudo acadêmico, como graduação ou pós-graduação.

Quem vai aos EUA apenas para estudar inglês, por exemplo, não pode obter essas permissões.

Importante destacar que tanto o CPT quanto o OPT são concedidos por um prazo de, no máximo, 12 meses, e que a pessoa que optar pelo primeiro, caso migre depois para o segundo modelo, terá descontado o prazo que já trabalhou.

Assim, quem trabalha no CPT por três meses, depois só conseguirá obter um OPT de nove meses (totalizando 12 meses).

Já quando está realizando cursos relacionados às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, na sigla em inglês), geralmente o indivíduo é elegível a uma extensão do OPT por mais 2 anos, totalizando 3 anos de permissão.

É importante destacar que qualquer treinamento fora do Campus deve estar relacionado à área de estudos do estrangeiro e deve ser autorizado pelo Sistema de Informações do Estudante e Visitante de Intercâmbio (SEVIS) e pelo USCIS antes de iniciar.

Qual o visto para estudar e trabalhar nos EUA?

Existem três vistos do tipo de não imigrante que permitem ao estrangeiro estudar nos EUA:

  • F-1: visto para estudos acadêmicos (graduação, pós-graduação, colégio, curso de idiomas)
  • J-1: visto de intercâmbio
  • M-1: visto de estudos vocacionais, técnicos e não acadêmicos.

Todas as opções de estudar e trabalhar nos EUA vistas anteriormente são possíveis aos estrangeiros com visto F-1.

Já os estudantes com status J-1 são elegíveis para Treinamento Acadêmico (AT) por até 18 meses após pelo menos um ano de aulas, como parte do programa de estudos, bem como exercer atividades remuneradas dentro do campus desde o início do curso.

Por fim, o visto M-1 só pode aceitar emprego após a conclusão do curso e se fizer parte de um programa de treinamento prático por no máximo seis meses.

Como estudar e trabalhar nos EUA?

A jornada para estudar e trabalhar nos EUA é longa, cheia de etapas e muitos detalhes e, como vimos, o visto com mais opções de atividade remunerada é o F-1.

Primeiro, você deve encontrar o curso que deseja fazer na instituição que quer frequentar (que deve ser aprovada pelo governo americano para receber estudantes estrangeiros) e ser aceito.

Então é necessário solicitar o visto e ter seu pedido aprovado e, por fim, deve encontrar uma vaga de trabalho autorizada e buscar permissão.

Veja em detalhes a seguir.

Processo seletivo

Visite os sites das universidades americanas onde deseja estudar, ou das escolas vocacionais, informe-se sobre cursos, valores e processo de seleção para estrangeiros.

Então, inscreva-se no programa acadêmico que desejar e esteja atento aos prazos.

Cada instituição tem o seu método de seleção, mas geralmente envolve:

  • Testes padronizados de múltipla escolha (SAT ou ACT para graduação, GMAT GRE, LSAT, MCAT e outros de acordo com a área de estudos)
  • Teste de proficiência em inglês (IELTS ou TOEFL)
  • Histórico e desempenho escolar com transcrição oficial das notas escolares (GPA)
  • Informações pessoais e cópia de documentos
  • Comprovação de meios financeiros para arcar com os custos do curso
  • Escrita de redação/ensaio
  • Currículo, contendo experiência e atividades extracurriculares
  • Cartas de recomendação, de duas a três
  • Entrevista (pode ser online).

Uma vez aceito na universidade para fazer o curso desejado, é hora de solicitar o visto.

Visto de estudante

Antes de iniciar o processo consular de solicitação de visto de estudante, você precisará:

  • Receber da sua universidade nos EUA o formulário I-20 para vistos F-1 e M-1 ou DS-2019 para J-1
  • Estar ser registrado no Sistema de Informações para Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVIS)
  • Pagar a taxa SEVIS I-901 no valor de US$ 350 para vistos F-1 e M-1 e de US$ 220 para J-1.

Então, preencha o formulário de visto de não imigrante DS-160 no site do Centro Consular de Solicitação Eletrônica.

Pague a taxa consular no valor de US$ 185, para isso é necessário fazer um cadastro no site do Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV).

Então, agende as datas para coleta de dados biométricos e para sua entrevista de visto.

Compareça portando toda a documentação exigida, como passaporte válido, fotografia atual (menos de 6 meses), comprovação de matrícula na universidade, meios para pagamento do curso e intenção de retornar ao Brasil (laços familiares e emprego).

Autorização de trabalho

Depois de chegar aos Estados Unidos e iniciar seus estudos, você pode começar a procurar vagas de atividade remunerada, mas lembre-se que devem estar dentro do escopo On Campus, OPT, CPT, AT e programa de treinamento prático para M-1.

Para alunos F-1 e M-1, qualquer emprego fora do campus deve ser autorizado pelo Oficial Designado da Escola (DSO, pessoa que mantém as Informações no SEVIS) e USCIS.

Para trabalho fora do campus, OPT e treinamento prático M-1 também é exigido documento de autorização de trabalho (EAD).

Estudantes com visto J-1 geralmente não necessitam de EAD para atividades remuneradas AT.

Uma maneira de facilitar esse processo de estudar e trabalhar nos EUA é contar com a expertise de um advogado de imigração.

No escritório de advocacia Lopes Law você encontra profissionais especializados em serviços de imigração preparados para ajudar na sua solicitação e visto.

Guilherme Rolin

Foreign Associate - OAB/PR

Guilherme Rolin

veja mais

LinkedIn logoFacebook logoInstagram logo