Deportação dos EUA: regras, como acontece e como evitar

Categoria

Artigo

Autor

Guilherme Lopes

Data

15/9/2023

Deportação dos EUA: regras, como acontece e como evitar

A deportação dos EUA é uma realidade para muitos estrangeiros que, de alguma forma, violaram as leis de imigração americana.

Não pense que passam por isso apenas pessoas que entraram no país ilegalmente ou que cometeram crimes.

Trabalhadores que pagam impostos, mães e pais de crianças nascidas nos EUA, membros de valor e respeito em suas comunidades e vizinhanças acabam passando pelo processo de deportação dos EUA.

E isso quer dizer deixar toda a sua vida na terra do Tio Sam para trás, ter que recomeçar em seu país de origem e por muito tempo não poder voltar.

Para não correr esse risco, é importante conhecer os motivos que levam à remoção de um estrangeiro dos Estados Unidos.

É isso que vamos mostrar neste texto, além de explicar como ocorre o processo, o que acontece depois e uma estimativa de quantos brasileiros já viram o sonho americano virar pesadelo.

Como funciona a deportação nos EUA?

Deportação dos EUA significa o processo de remover do país um estrangeiro que não é cidadão americano e que tenha violado alguma lei de imigração.

Esse processo envolve diversas etapas e geralmente começa com a retenção da pessoa, especialmente quando é suspeita de ter entrado ilegalmente no país.

O indivíduo pode ser mantido em um centro de detenção durante o processo até seu julgamento ou deportação, ou pagar fiança e comparecer às audiências.

Um tribunal federal de imigração analisa o caso e determina se a pessoa é passível de deportação ou se tem alguma base para permanecer nos EUA.

Se um juiz decidir que a deportação deve prosseguir, o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) executa uma ordem de remoção.

Há a possibilidade de recorrer de algumas decisões de deportação dos EUA, mas antes de apelar é indicado procurar serviços jurídicos especializados.

A maioria das remoções acontece por via aérea, às custas do governo dos EUA, podendo também haver uma combinação com transporte terrestre.

Antes da deportação, a pessoa poderá deixar os EUA às suas próprias custas, como uma saída voluntária, o que pode facilitar uma possível reentrada no país futuramente.

Os pedidos de saída voluntária são ouvidos em duas etapas e devem ser realizados no início do processo de deportação, atendendo a rigorosos critérios:

  • Apresentar um documento de viagem válido
  • Ter dinheiro para sair do país por conta própria
  • Pagar fiança mínima, se for solicitado no final da audiência de remoção
  • Comprovar ter caráter moral por pelo menos cinco anos antes de solicitar a saída voluntária.

Há casos em que a remoção é acelerada e o não imigrante sequer tem a oportunidade de comparecer a uma audiência no tribunal de imigração.

Isso pode acontecer quando houver entrada no país sem os documentos necessários de viagem e não for possível comprovar presença no país por mais de dois anos ou com documentos falsificados.

Quando a pessoa está em desacordo com o tipo de visto que possui ou permaneceu por mais tempo do que o autorizado, também pode passar por uma remoção acelerada.

Motivos para ser deportado dos EUA

Estrangeiros com status de não imigrante podem sofrer deportação dos EUA por diferentes motivos, como:

  • Participar de atos criminosos
  • Ser acusado de ofensas criminais que resultam em deportação
  • Representar uma ameaça à segurança pública
  • Entrar ilegalmente no país
  • Violar as condições de seus vistos
  • Não ter cumprido os critérios de admissibilidade quando entrou no país ou solicitou ajuste de status
  • Falhar em se registrar com as autoridades de imigração quando solicitado
  • Apresentar documentos falsificados ou informações fraudulentas
  • Permanecer nos EUA por mais tempo que o autorizado.

Aqueles que cometeram crimes não violentos podem ser libertados da prisão para retornar voluntariamente ao seu país de origem.

Você terá permissão para permanecer nos EUA se apresentar uma defesa válida, como solicitação de asilo por perseguição ou medo de perseguição se retornar ao seu país de origem.

A sua deportação pode ser cancelada se você comprovar petição por casamento ou parentesco com americano, ou ainda reivindicar uma longa história nos EUA ou como residente permanente legal (portador de green card).

Cabe ressaltar que, mesmo com um visto de imigrante, um estrangeiro pode ser deportado dependendo das violações legais que cometer.

O que acontece se for deportado dos EUA?

Quando um estrangeiro passa pela deportação dos EUA, ele não apenas é obrigado a deixar sua vida no país para trás, mas também enfrenta uma série de outras consequências.

Para começar, terá dificuldades em conquistar um novo visto, embora não seja impossível.

O governo americano normalmente impõe um período de inadmissibilidade, durante o qual o indivíduo é proibido de reentrar no país.

Essa proibição pode ser de 5, 10 ou 20 anos, ou mesmo permanente.

Números de deportação de brasileiros nos EUA

Segundo levantamento de 2022 do Escritório de Estatísticas de Imigração do Departamento de Segurança Interna dos EUA, mais de 89 mil estrangeiros foram removidos do país somente em 2021.

Se olharmos para a América do Sul, esse número é de mais de 9,2 mil pessoas no mesmo período.

Quanto aos brasileiros, 6,6 mil foram deportados dos Estados Unidos entre os anos de 2019 e 2021.

Saiba como viajar para os EUA legalmente

Para viajar legalmente aos Estados Unidos você precisa, em primeiro lugar, de um visto adequado às atividades que pretende realizar no país.

Esse visto pode ser de não imigrante, como os de estudante, de negócios ou turismo, de trabalho temporário ou mesmo de noivo, ou de imigrante, como os de emprego permanente, de investidor ou de parentesco com um cidadão americano.

Além de conquistar o visto, você deve ficar atento ao tempo de permanência autorizada, nos casos de visto de não imigrante.

Essa informação é dada a você na sua chegada aos EUA e o tempo é definido pelo oficial de imigração que vai registrar a sua entrada no país.

Se você ficar por mais tempo do que o autorizado, sua presença no país se tornará ilegal e você pode sofrer uma deportação dos EUA.

Também é importante ficar atento às regras do seu visto e, se desejar realizar atividades que não são autorizadas, como trabalhar com visto de turista, deverá solicitar uma mudança de status.

São muitos os requisitos para conquistar um visto e as regras para ser elegível e admissível no país.

Por isso, o caminho mais seguro e tranquilo é contando com uma assessoria jurídica especializada.

Na Lopes Law, você encontra advogados com experiência e profundo conhecimento nas leis de imigração americana.

Entre em contato com nossos profissionais para contar com nosso apoio na sua solicitação de visto, seja para ingresso permanente ou temporário nos Estados Unidos.

A deportação dos EUA é uma realidade para muitos estrangeiros que, de alguma forma, violaram as leis de imigração americana.

Não pense que passam por isso apenas pessoas que entraram no país ilegalmente ou que cometeram crimes.

Trabalhadores que pagam impostos, mães e pais de crianças nascidas nos EUA, membros de valor e respeito em suas comunidades e vizinhanças acabam passando pelo processo de deportação dos EUA.

E isso quer dizer deixar toda a sua vida na terra do Tio Sam para trás, ter que recomeçar em seu país de origem e por muito tempo não poder voltar.

Para não correr esse risco, é importante conhecer os motivos que levam à remoção de um estrangeiro dos Estados Unidos.

É isso que vamos mostrar neste texto, além de explicar como ocorre o processo, o que acontece depois e uma estimativa de quantos brasileiros já viram o sonho americano virar pesadelo.

Como funciona a deportação nos EUA?

Deportação dos EUA significa o processo de remover do país um estrangeiro que não é cidadão americano e que tenha violado alguma lei de imigração.

Esse processo envolve diversas etapas e geralmente começa com a retenção da pessoa, especialmente quando é suspeita de ter entrado ilegalmente no país.

O indivíduo pode ser mantido em um centro de detenção durante o processo até seu julgamento ou deportação, ou pagar fiança e comparecer às audiências.

Um tribunal federal de imigração analisa o caso e determina se a pessoa é passível de deportação ou se tem alguma base para permanecer nos EUA.

Se um juiz decidir que a deportação deve prosseguir, o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) executa uma ordem de remoção.

Há a possibilidade de recorrer de algumas decisões de deportação dos EUA, mas antes de apelar é indicado procurar serviços jurídicos especializados.

A maioria das remoções acontece por via aérea, às custas do governo dos EUA, podendo também haver uma combinação com transporte terrestre.

Antes da deportação, a pessoa poderá deixar os EUA às suas próprias custas, como uma saída voluntária, o que pode facilitar uma possível reentrada no país futuramente.

Os pedidos de saída voluntária são ouvidos em duas etapas e devem ser realizados no início do processo de deportação, atendendo a rigorosos critérios:

  • Apresentar um documento de viagem válido
  • Ter dinheiro para sair do país por conta própria
  • Pagar fiança mínima, se for solicitado no final da audiência de remoção
  • Comprovar ter caráter moral por pelo menos cinco anos antes de solicitar a saída voluntária.

Há casos em que a remoção é acelerada e o não imigrante sequer tem a oportunidade de comparecer a uma audiência no tribunal de imigração.

Isso pode acontecer quando houver entrada no país sem os documentos necessários de viagem e não for possível comprovar presença no país por mais de dois anos ou com documentos falsificados.

Quando a pessoa está em desacordo com o tipo de visto que possui ou permaneceu por mais tempo do que o autorizado, também pode passar por uma remoção acelerada.

Motivos para ser deportado dos EUA

Estrangeiros com status de não imigrante podem sofrer deportação dos EUA por diferentes motivos, como:

  • Participar de atos criminosos
  • Ser acusado de ofensas criminais que resultam em deportação
  • Representar uma ameaça à segurança pública
  • Entrar ilegalmente no país
  • Violar as condições de seus vistos
  • Não ter cumprido os critérios de admissibilidade quando entrou no país ou solicitou ajuste de status
  • Falhar em se registrar com as autoridades de imigração quando solicitado
  • Apresentar documentos falsificados ou informações fraudulentas
  • Permanecer nos EUA por mais tempo que o autorizado.

Aqueles que cometeram crimes não violentos podem ser libertados da prisão para retornar voluntariamente ao seu país de origem.

Você terá permissão para permanecer nos EUA se apresentar uma defesa válida, como solicitação de asilo por perseguição ou medo de perseguição se retornar ao seu país de origem.

A sua deportação pode ser cancelada se você comprovar petição por casamento ou parentesco com americano, ou ainda reivindicar uma longa história nos EUA ou como residente permanente legal (portador de green card).

Cabe ressaltar que, mesmo com um visto de imigrante, um estrangeiro pode ser deportado dependendo das violações legais que cometer.

O que acontece se for deportado dos EUA?

Quando um estrangeiro passa pela deportação dos EUA, ele não apenas é obrigado a deixar sua vida no país para trás, mas também enfrenta uma série de outras consequências.

Para começar, terá dificuldades em conquistar um novo visto, embora não seja impossível.

O governo americano normalmente impõe um período de inadmissibilidade, durante o qual o indivíduo é proibido de reentrar no país.

Essa proibição pode ser de 5, 10 ou 20 anos, ou mesmo permanente.

Números de deportação de brasileiros nos EUA

Segundo levantamento de 2022 do Escritório de Estatísticas de Imigração do Departamento de Segurança Interna dos EUA, mais de 89 mil estrangeiros foram removidos do país somente em 2021.

Se olharmos para a América do Sul, esse número é de mais de 9,2 mil pessoas no mesmo período.

Quanto aos brasileiros, 6,6 mil foram deportados dos Estados Unidos entre os anos de 2019 e 2021.

Saiba como viajar para os EUA legalmente

Para viajar legalmente aos Estados Unidos você precisa, em primeiro lugar, de um visto adequado às atividades que pretende realizar no país.

Esse visto pode ser de não imigrante, como os de estudante, de negócios ou turismo, de trabalho temporário ou mesmo de noivo, ou de imigrante, como os de emprego permanente, de investidor ou de parentesco com um cidadão americano.

Além de conquistar o visto, você deve ficar atento ao tempo de permanência autorizada, nos casos de visto de não imigrante.

Essa informação é dada a você na sua chegada aos EUA e o tempo é definido pelo oficial de imigração que vai registrar a sua entrada no país.

Se você ficar por mais tempo do que o autorizado, sua presença no país se tornará ilegal e você pode sofrer uma deportação dos EUA.

Também é importante ficar atento às regras do seu visto e, se desejar realizar atividades que não são autorizadas, como trabalhar com visto de turista, deverá solicitar uma mudança de status.

São muitos os requisitos para conquistar um visto e as regras para ser elegível e admissível no país.

Por isso, o caminho mais seguro e tranquilo é contando com uma assessoria jurídica especializada.

Na Lopes Law, você encontra advogados com experiência e profundo conhecimento nas leis de imigração americana.

Entre em contato com nossos profissionais para contar com nosso apoio na sua solicitação de visto, seja para ingresso permanente ou temporário nos Estados Unidos.

Guilherme Lopes

Managing Partner

Guilherme Lopes

Guilherme Lopes é fundador e managing partner da Lopes Law Immigration Attorneys e foi premiado como Melhor Advogado de Imigração de Orlando, em 2023, no Prêmio Tudo Para Brasileiros. Guilherme nasceu em Brasília, no Distrito Federal. Entrou para a faculdade de direito com apenas 16 anos, se formando pela UniCEUB em 2018. Em seguida, cursou uma pós-graduação em Ordem Jurídica e o Ministério Público na Escola Superior do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Trabalhou no Tribunal de Justiça de Brasília, na Procuradoria Geral da República e se tornou sócio no escritório Lopes & Sousa Advogados, antes de se mudar para os Estados Unidos onde, em 2020, fez seu mestrado na University of Florida Levin College of Law. Em 2021, foi aprovado pelo BAR de Nova York e licenciado como advogado de imigração na Flórida. No mesmo ano, abriu, em Orlando, a Lopes Law. O escritório conta hoje com cerca de 100 funcionários e apesar de atuar há apenas pouco mais de três anos no direito imigratório, já teve mais de 250 vistos aprovados, sendo a maioria em processos de EB1, EB2, EB2-NIW e EB3.

veja mais

LinkedIn logoFacebook logoInstagram logo